A prefeita Marilda Garofolo Sperandio destacou a importância do evento para ampliar e fortalecer a Rede de Proteção à mulher vitima de violência. “É importante estar frisando temas como estes, porque nós sempre estamos nos confrontando com casos de violência doméstica. Ainda temos muitos casos em que as mulheres não se dão conta de que estão sendo vítimas. Violência não é só física ou sexual, mas também psicológica e patrimonial. E são em debates como estes, que a gente consegue ampliar a concepção do que realmente é a violência doméstica”, afirmou a gestora.
A secretária de Assistência Social e Cidadania, Vanessa Vieira, reforçou o trabalho integrado e articulado da rede de enfrentamento no município. “Nós temos uma rede de enfrentamento formada por várias instituições públicas e da sociedade civil organizada. Já criamos um fluxograma de atendimento à violência doméstica e foi implantado a sala da mulher na delegacia, além do Programa Acolher, que oferece auxílio financeiro para custeio de aluguel por até seis meses. Momentos como estes são muito importante para falarmos sobre o tema e sermos multiplicadores dessas informações”, pontuou.
O juiz de direito da comarca de Alto Taquari, Dr. Anderson Fernandes, chamou atenção para os efeitos devastadores da violência psicológica. “Ela vai atingindo o psicológico da mulher a ponto de ela se sentir humilhada, rebaixada e, em casos extremos, perder a vontade de viver. Precisamos trabalhar com políticas de prevenção como esta palestra. A divulgação é essencial para encorajar as vítimas a buscarem ajuda”, declarou. O juiz também ressaltou o papel essencial da assistência social no acolhimento das vítimas e defendeu a realização de palestras nos bairros, para alcançar ainda mais pessoas.
O evento se soma a diversas ações contínuas realizadas pela rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher em Alto Taquari, demonstrando o comprometimento das instituições com a proteção e empoderamento das mulheres.Durante a palestra, o defensor público Dr. Maxuel Dias ressaltou o papel da educação em direitos no combate à violência doméstica. “A finalidade é mostrar que a violência não está apenas no ato físico. Muitas vezes ela se revela em gestos, tratamento, manipulação. A população precisa saber que existe uma rede de proteção composta por instituições como a Defensoria, o SUS, o Judiciário e a Polícia. Somente a lei é insuficiente. Precisamos atuar proativamente no dia a dia”, destacou.