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A 28ª Exposição Agropecuária de Alto Taquari (28ª ExpoTaquari) contou com uma importante ação social voltada para a defesa da vida das mulheres. Entre os dias 11 e 14 de setembro, o município recebeu a equipe do Projeto Feminicídio Zero, que participou do evento com atividades educativas, distribuição de materiais informativos e diálogo direto com a comunidade.

A prefeita Marilda Garofolo Sperandio destacou a relevância do tema e o papel do município na conscientização. “Receber o Feminicídio Zero na ExpoTaquari é reafirmar nosso compromisso com a vida e a dignidade das mulheres. A violência contra a mulher não pode ser tolerada e precisamos, juntos, Estado e sociedade, transformar a informação em proteção e acolhimento. Alto Taquari se une a essa causa com toda determinação”, afirmou.

Em Alto Taquari, a participação do projeto foi possível graças ao empenho da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, que articulou a presença da equipe durante a ExpoTaquari. A iniciativa contou com grande adesão do público local, fortalecendo a mensagem de que o município também se une à luta contra o feminicídio.

A secretária de Assistência Social e Cidadania, Vanessa Vieira, reforçou a importância de aproximar a ação da comunidade. “Trazer o Feminicídio Zero para a ExpoTaquari foi uma forma de dar visibilidade a um problema que infelizmente ainda faz muitas vítimas. O Banco Vermelho trouxe um impacto simbólico muito forte, lembrando que cada assento vazio é uma vida interrompida pela violência. Aqui conseguimos falar diretamente com a população, divulgar os canais de denúncia e mostrar que a prevenção é uma construção coletiva. Essa participação abre portas para novas parcerias e para um trabalho contínuo em nossa cidade”, disse.

Durante a ExpoTaquari, o público de Alto Taquari pôde conhecer de perto o Banco Vermelho, símbolo internacional da luta contra o feminicídio. A peça, pintada de vermelho vivo, representa todas as mulheres que perderam suas vidas para a violência, funcionando como um memorial e um alerta para a sociedade de que cada cadeira vazia é uma vida interrompida que não pode ser esquecida.

O projeto surgiu em Mato Grosso a partir da iniciativa da vereadora Dra. Luciana Horta, de Rondonópolis, em resposta aos alarmantes índices de feminicídio no estado, que lidera o ranking nacional pelo segundo ano consecutivo. A mobilização nasceu também de um pedido da desembargadora Dra. Maria Erotides, que destacou a necessidade urgente de unir instituições e sociedade no enfrentamento à violência contra a mulher.

Somente em 2024, 47 mulheres foram vítimas de feminicídio em Mato Grosso. Em 2025, até setembro, o número já chega a 36 casos. Diante dessa realidade, o Feminicídio Zero tem se destacado em ações regionais, promovendo rodas de conversa, palestras, distribuição de materiais educativos e a campanha do Banco Vermelho, que já percorreu diversas cidades levando conscientização e incentivo à denúncia. Nos últimos 45 dias, estima-se que mais de 150 mil pessoas tenham sido impactadas pelas ações da campanha.